segunda-feira, 13 de maio de 2013

O DIA EM QUE GOIÂNIA PAROU (Uma breve resenha do show de Paul McCartney no Serra Dourada)




Por Paulo Henrique Faria 


       Uma catarse sonora é a forma mais objetiva  e clara para se definir o que mais de 45 mil pessoas presenciaram no Estádio Serra Dourada há exatos sete dias. E o responsável pelo feito foi o inigualável ex-Beatle Sir James Paul McCartney, que do auto dos seus 70 anos mostra que bota vários artistas muito mais jovens no bolso.    

         O show começou com um pequeno atraso de 34 minutos, mas não por causa do grupo – afinal pontualidade é um quesito quase obrigatório para os britânicos – mas sim, pela desorganização, primeiro dos aeroportos brasileiros, que atrasaram o voo do jatinho particular de Paul e posteriormente, da produtora do espetáculo, que deixou boa parte do público esperar do lado de fora até minutos antes do início do concerto. Empecilhos à parte, as primeiras músicas foram ‘Eight Days a Week’ e ‘Junior’s Farm’. Logo em seguida Paul começou a arranhar o português com frases como “Boa noite Goiânia! Boa noite goianos!” e mais ao final da apresentação “Vocês são demais!” e “Trem bão!”. Se não bastasse a extrema simpatia e esforço de interagir com o público, McCartney ainda brincou com algumas Esperanças – Não confundir com Grilo, Gafanhoto ou Louva-a-Deus – que insistiam em pousar em sua roupa clara e chamativa; teve um inseto inclusive, que foi batizado de “Harold” pelo astro. Genial! Veja mais detalhes deste momento neste vídeo aqui:  



          

        Na sequência foi um clássico atrás do outro e, na ordem foram executadas: ‘Paperback Writer’, ‘My Valentine’(Com direito a clipe especial no telão com Natalie Portman e Johnny Deep), ‘Nineteen Hundred and Eighty-Five’, ‘The Long and Winding Road’, ‘Maybe I’m Amazed’, ‘Hope of Deliverance’, ‘We Can Work It Out’, ‘Another Day’, ‘And I Love Her’, ‘Blackbird’, ‘Here Today’, ‘Your Mother Should Know’, ‘Lady Madonna’, ‘All Together Know’ e ‘Mrs. Vandebilt’, 'Eleanor Rigby', 'Being for the Benefit of Mr. Kite!', 'Something', 'Ob-La-Di, Ob-La-Da', 'Band on the Run', 'Hi Hi Hi'. Na parte final os maiores clássicos dos tempos dos Beatles e carreira solo como 'Back in the USSR', 'Let it be', 'Live and Let Die’ (ponto alto do show, com várias explosões pirotécnicas e tudo) e claro a inesquecível 'Hey Jude' (que fez todo o estádio cantar em unísono o famoso na,na,na,na,na...). Na parte final mandaram ainda 'Day Tripper', 'Lovely Rita', 'Get Back', 'Yesterday', a pesada 'Helter Skelter', 'Golden Slumbers', Carry That Weight' e 'The End'.    

  
       Foram 2 horas e 40 minutos de duração, mas bem que poderia ter sido mais. Shows como esse deveriam ocorrer com maior frequência por aqui, afinal ninguém merece ouvir o ano todo sertanejo universitário. Por isso, fica agora a esperança de rolar Rolling Stones no final de outubro – boato que começa a ganhar força dia após dia. Certo mesmo, é que o dia 06 de maio de 2013 entrou para história dessa ainda jovem cidade chamada Goiânia, tudo porque o maior concerto musical, pra não dizer o maior evento cultural de toda a história goianiense, foi finalmente realizado. Paul McCartney é um cantor e músico excepcional, que tem presença de palco, afinação, sincera simpatia e, não tem ataques insuportáveis de estrelismo, como muitos por ai o fazem. Espero que essa não seja a primeira e última vez deste grande inglês em gyn, afinal eu, você e todos os amantes da boa música clamam por coisas de qualidade. All You Need is Paul! Get Back! Get Back!
          

Nenhum comentário:

Postar um comentário